Dez semanas. Parece pouco, mas quando olhamos para trás, cada episódio, cada conversa, cada momento construído, revela-se como um tijolo numa casa que, aos poucos, vai ganhando forma. O *Podcast da Duvia* chegou ao décimo episódio e, para mim, isso significa mais do que um número redondo. Significa compromisso, resistência e, acima de tudo, a prova de que qualquer ideia, quando cultivada com consistência, começa a dar frutos. E não é isso que todos nós, criativos, procuramos? Ver algo nascer das nossas mãos, crescer e ganhar vida própria?
Esta última semana não começou fácil. Entre gastroenterites avassaladoras dignas de um tsunami e idas ao hospital dignas de um filme dramático, a rotina foi atropelada sem piedade. Mas, mesmo nos momentos mais caóticos, há sempre um fio condutor que nos puxa para a frente. Foi uma semana em que, entre febres e corridas para emergências, aconteceu também algo incrível: a primeira reunião com noivos para 2025. Um casal que confiou na Duvia para contar a sua história. Para alguns, pode parecer apenas um trabalho. Para mim, é um sinal claro de que estou no caminho certo.
Se há algo que aprendi ao longo deste percurso, é que nada acontece de um dia para o outro. Criar algo do zero – seja um projeto, um negócio, um estilo de vida – é como plantar uma árvore. No início, há apenas terra e uma pequena semente. Durante meses (ou anos), regamos, cuidamos, falamos com a planta como se ela pudesse responder. E, por muito tempo, parece que nada acontece. Até que, um dia, um pequeno broto verde rompe a terra. E é nesse instante que percebemos: tudo o que fizemos até ali valeu a pena.
O engraçado é que, muitas vezes, duvidamos do nosso próprio solo. Perguntamos se a semente que escolhemos é mesmo a certa, se não devíamos ter plantado outra coisa, se há algo de errado com a forma como regamos. Mas a verdade é que toda árvore tem o seu tempo de crescimento. Compararmo-nos com o pomar do vizinho é injusto. O nosso jardim tem o seu próprio ritmo, e cada conquista – mesmo que pequena – merece ser celebrada.
Se és um criativo, um artista, um empreendedor que está a tentar fazer o seu caminho, há algo que quero que leves daqui: continua. Mesmo que sintas que estás a caminhar devagar. Mesmo que pareça que ninguém está a reparar. O trabalho consistente constrói um legado que, mais cedo ou mais tarde, se torna impossível de ignorar. As tuas ideias importam. O teu talento tem valor. E a tua jornada é única.
Agora, falando diretamente para os casais que estão a planear o seu casamento: um dia, vais querer sentar-te no sofá com os teus filhos e mostrar-lhes a história do dia em que tudo começou. Acredita, vai valer a pena ter esse filme para reviver as gargalhadas, os abraços, os olhares. É uma cápsula do tempo que um dia vai ganhar um significado ainda maior do que imaginas.
E se tens uma empresa? A tua imagem é o que te torna visível num mundo saturado. Investir nisso não é luxo, é estratégia. Porque, no fim do dia, o sucesso não é só sobre ter um bom produto ou serviço, mas sobre garantir que as pessoas certas o conhecem.
Olhando para a frente, sei que há muito caminho a percorrer. Sei que ainda há inseguranças, desafios e momentos de “será que isto vale a pena?”. Mas sei, acima de tudo, que não há outro caminho que eu prefira trilhar. E se há algo que espero que guardes deste artigo, é isto: **o teu sonho vale a pena. Continua a construí-lo.**
